É certo que Paços de Brandão rima com equipa-sensação, mas na 'briosa' brandoense ninguém encara o bom arranque no Campeonato SABSEG como algo de inesperado. Mesmo que estejamos a falar de um clube que subiu, na última época, à Elite de Aveiro. “Não é uma surpresa para nós mas, certamente, já nos olham com outros olhos”, atira Tigas, o melhor marcador da equipa até ao momento, que bisou em menos de meia hora na recente vitória em Canedo (1-3).

Por muito difícil que possa parecer, esta não foi a primeira vez que o avançado do CD Paços de Brandão bisou na primeira meia hora de um jogo. “Já me aconteceu algumas vezes, mesmo não sendo tão frequente quanto eu desejaria”, atira Tigas, entre sorrisos, que assume um tom mais sério para abordar a “melhor primeira meia hora do Paços de Brandão no campeonato”, consumada com três golos sem resposta diante do Canedo FC.

“Planeamos entrar forte em todos os jogos, mas acho que foi uma questão de mentalidade. Sabíamos que o jogo seria extremamente difícil, mas entrámos com a atitude correta. Queríamos muito ganhar, as oportunidades apareceram e concretizámos”, recorda o camisola 10 dos brandoenses, que olha com naturalidade para o bom arranque da equipa no ano de regresso ao Campeonato SABSEG, depois de uma curta passagem pela 1.ª Divisão Distrital.

“Fala-se muito de equipa-sensação. Nunca nos sentimos assim porque, dentro do grupo, ninguém está admirado com o que está a acontecer. Até acho que estamos a dever alguns pontos a nós próprios”, atira Tigas, que prefere encarar a temporada “jogo a jogo”. “O campeonato é muito longo e aparecem as lesões, como voltou a acontecer este fim de semana. Queremos ganhar todos os jogos, domingo a domingo, e ir desfrutando do que vai acontecendo”, completa.

Habituado a ser figura pelos golos que marca, Tigas, que na época passada foi o melhor marcador da 1.ª Divisão com 20 golos, não definiu uma meta para 2023/2024. “Quero marcar o maior número de golos possíveis todos os anos. É a melhor sensação possível, mas este ano tenho desempenhado outras funções, que passam mais por criar”, explica, acrescentando que “o mais importante são os três pontos, seja quem for a marcar”.