Com o fecho do balcão da Caixa Geral de Depósitos de Lobão, são agora 31 as sucursais das instituições bancárias com presença em Santa Maria da Feira, tantas quanto as freguesias do Concelho antes da agregação. Porém, 61% concentra-se em Lamas, Lourosa e Feira, o que comprova a centralização do serviço, cuja representação tem diminuído ao longo dos anos um pouco por todo o país.
No passado dia 2 de setembro, O Bloco de Esquerda condenou veementemente a decisão da Caixa Geral de Depósitos avançar com o encerramento de 23 balcões entre os quais se inclui o balcão da CGD em Lobão, Santa Maria da Feira.
O encerramento deste balcão, um dos 4 balcões do concelho de Santa Maria da Feira, demonstra que a destruição dos serviços públicos está em marcha acelerada. Defender que um banco público com três balcões em Santa Maria da Feira (um dos municípios mais populosos do país e com uma extensão territorial assinalável) serve o seu propósito é não só intelectualmente desonesto como revela o desprezo dos decisores pela missão de um serviço que é público. Nos últimos anos, a CGD tem pautado a sua gestão por opções que em nada servem os cidadãos e que estão nos antípodas do que deve ser um banco público, criando inclusive uma série de mecanismos que afastam as classes menos favorecidas do banco público, do qual esta decisão é apenas um exemplo.