Mas comecemos pelo início. Em dois momentos distintos, às 17h00 e às 21h00, realizou-se no Salão Nobre do Castelo, a XXI Mostra de Fabrico da Fogaça da Feira, que nesta edição assumiu, pela primeira vez, um formato diferente, aliando a produção tradicional da fogaça a uma recriação gastronómica pelo chef Rúben Silva, proporcionando a todo o público uma experiência única e diferenciadora.
O produtor de fogaça Diogo Almeida, em representação do Agrupamento de Produtores de Fogaça da Feira apresentou todo o processo de produção da sua “rainha”, como carinhosamente chama ao “pão doce”, produto certificado com Identificação Geográfica Protegida, vincando na sua intervenção que todas as recriações “têm sempre de respeitar a massa da nossa fogaça”.
Foi isso mesmo que fez o chef Rúben Silva. Respeitou a tradição e inovou: “não pode haver inovação sem tradição e para inovarmos temos de conhecer muito bem a tradição e respeitá-la”, contou.
Ao lado de alunos do Curso de Cozinha e Pastelaria da Escola Secundária de Santa Maria da Feira, o chef que estudou na antiga Escola de Hotelaria de Santa Maria da Feira, vencedor do programa da RTP, Masterchef, em 2019, apresentou para degustação dois pratos: Tártaro de arouquesa, pickles de cebola roxa e emulsão de tutano, tostas crocantes de fogaça e flor de sal; Tranche de bacalhau a baixa temperatura com romanesco de fogaça.
A degustação foi harmonizada com duas cervejas artesanais com lúpulo feirense da cervejaria Quatro Torres. Com a carne a cerveja especial “Fogaceira” e com o peixe, “Hazy Dipa”.
E terminamos como começamos, com as fogaças quentinhas saídas do secular forno a lenha do Castelo que todos tiveram a oportunidade de provar, acompanhadas com queijo local, enchidos ou doce de abóbora.