Populares alertaram bloco de esquerda (BE) no passado dia 3 de Setembro, sábado, durante a manhã, acerca de descargas poluentes na Ribeira de Rio Maior em Paços de Brandão, junto ao Museu do Papel. Em causa estava a grande quantidade de espuma no curso da ribeira, águas completamente castanhas com um cheiro intenso, típico de água de cozedura de cortiça, que os dirigentes do BE puderam testemunhar. Tudo leva a crer que a descarga poderá ter origem em alguma das várias empresas de cortiça que existem a montante da Ribeira junto às suas margens.
A denúncia de mais uma descarga poluente no rio Maior foi feita pela CDU de Rio Maior através da sua página oficial no Facebook. A coligação liderada pelo PCP partilhou, a 16 de Julho, um vídeo que afirma ter sido gravado na véspera, por um cidadão do concelho, onde é possível observar os efeitos do que se suspeita ser uma descarga poluente no Rio Maior, na zona do Parque do Rio.
Segundo a CDU de Rio Maior, a ocorrência de descargas poluentes no rio Maior tem vindo a “repetir-se e a agravar-se” nos últimos tempos, tal como já tinha alertado na sessão da assembleia municipal de 30 de Abril.
Alegando tratar-se de uma situação de “carácter urgente”, que não pode aguardar pela próxima sessão da assembleia municipal, a CDU de Rio Maior diz ter questionado o presidente do município por e-mail sobre quantas mais descargas teria a câmara municipal tido conhecimento desde 30 de Abril e que medidas teriam sido tomadas para identificar e combater estes focos de poluição. Contactado por O MIRANTE, Filipe Santana Dias não quis prestar declarações, afirmando não ter tido conhecimento nem da denúncia da CDU e nem da descarga poluente em causa.