Ator Marco Paiva leva a Milheirós de Poiares “O Tamanho das Coisas”

Marco Paiva olhou pela primeira vez com atenção para o Teatro em 2000. Formação superior feita, deu-se conta de que aquilo que se ensinava e que o mundo da interpretação não se compadeciam com a construção de um contexto cultural diverso e acessível.

Essa urgência veio-lhe da experiência com a CRINABEL Teatro, uma instituição de referência na capacitação das pessoas com deficiência intelectual. Foi esta a base da construção da Terra Amarela, estrutura de criação artística fundada por Marco Paiva em 2018, que traz a Santa Maria da Feira um conjunto de três momentos subordinados ao tema “O Tamanho das Coisas”.

Durante três dias, o ator e encenador está em Santa Maria da Feira para dinamizar uma oficina de criação artística que tem como principal objetivo desenhar o território e analisá-lo a partir do contributo das 15 pessoas que integram esta iniciativa.

Para Marco Paiva, “é fundamental conhecer o conceito de cultura” que ecoa na cabeça das gentes do nosso território. São estes participantes que vão desenhar o final do espetáculo “O Tamanho das Coisas” que acontece a 12 de outubro no auditório do Centro Cultural de Milheirós de Poiares.

Já são 28 os finais alcançados em 28 lugares diferentes do território nacional, o que permitiu um mapeamento cultural a nível nacional de forma prática e lúdica.

Da sua carreira no teatro e no cinema – integrou, entre outras, a famosa série da Netflix “Rabo de Peixe” –, trouxe os contactos que lhe permitem levar o seu sonho mais longe, que é o de destruir a barreira entre a linguagem teatral e o conceito da diversidade.

No futuro espera editar um livro sobre esta caminhada que lhe trouxe amigos do norte ao sul do País.

Para o ator, a escala das coisas, ou o seu tamanho, para nos reportarmos ao título deste tríptico, não comporta a ideia de importância, por isso, “um pequeno teatro tem a mesma importância que qualquer outro”.

Quanto à sua visita a Santa Maria da Feira, garante que durante estes dias é feirense, porque o que lhe dá prazer é a possibilidade de ser do sítio que o acolhe.

Fonte/Foto: CM Feira