“Prezados Senhores e Senhoras,
É com grande respeito e consideração que dirigimos a todos, como membros e apoiantes do Clube Desportivo Arrifanense, um dos clubes mais antigos na Associação de Futebol de Aveiro, fundado há mais de um século. Ao qual valorizamos o desporto e o compromisso a integridade.
No entanto, sentimo-nos compelidos a trazer à atenção de todos uma situação particularmente preocupante que ocorreu durante o jogo da 4ª Jornada do Campeonato Grande Hotel Luso, no qual enfrentamos a Casa do Povo de Esgueira.
Nesse encontro, testemunhamos uma sequência de eventos que, ao longo de nossos muitos anos de envolvimento com o futsal, nunca havíamos visto acontecer.
Estes acontecimentos foram de tal magnitude que acreditamos ser de interesse de todos os envolvidos e da comunidade em geral.
Para oferecer uma descrição objetiva da situação, durante o referido jogo, ocorreu uma situação em que um dos árbitros validou um golo, enquanto o outro marcou falta, somente após a bola ter ultrapassado a linha de golo. Além disso, o árbitro da bancada indicou a validação do golo, fazendo a sinalética do mesmo. Os nossos jogadores, naturalmente, responderam com uma celebração efusiva, em especial para um jogador que retornava após uma grave lesão que o impediu de jogar por onze meses.
Nesse ponto, ocorreu uma série de ações que nos causaram grande perplexidade.
Uma vez que um dos árbitros, tinha anulado o golo devido a considerar falta, no seu entender. Embora, o outro colega, validar golo por não ter a mesma perspetiva e até estar mais perto do lance. Para grande espanto nosso, o jogo segue, enquanto a nossa equipa celebrava o golo. Para além disso, 3 elementos suplentes da nossa equipa, encontravam-se dentro da superfície de jogo.
A equipa da Casa do Povo de Esgueira, em incentivo efusivo do seu TREINADOR, decidiu marcar golo, sem ninguém a “jogar”, enquanto o árbitro, em vez de interromper o jogo, como deveria ter feito. Desta forma, numa situação que ficaria 3-1, passou a 2-2.
É importante destacar que, após este incidente, o árbitro optou por expulsar jogadores e membros do banco, sem que houvesse palavras ofensivas proferidas, não permitindo sequer um diálogo saudável, para esclarecimento do sucedido. Consideramos este ato prepotente.
Acreditamos que situações como essa comprometem a integridade do desporto e desafiam os princípios do fair play e da equidade que devem nortear o futsal e todos os desportos.
Acredito que a Casa Povo de Esgueira, atletas e adeptos não se revejam nesta atitude de falta de desportivismo e Fair Play. Quem toma decisões em nome de instituições com responsabilidades sociais tem de ter sempre bem presente estes valores acima de qualquer outro. Às vezes parece que nos esquecemos disso em prol do vencer a qualquer custo.
Esperamos que, juntos, possamos manter os mais altos padrões de ética desportiva e promover o respeito mútuo entre todas as partes envolvidas. Continuaremos a acompanhar este caso com a esperança de que as medidas adequadas sejam tomadas.
Atenciosamente,
A Direção do Clube Desportivo Arrifanense Futsal”